Quer conhecer um país que você sempre sonhou, algo similar com a tranquilidade dos países escandinavos ao sul do Equador? Pois é, você pode achar que esse país não existe, mas o Uruguai está bem próximo disso. E com a gastronomia dos pampas e vinícolas que produzem o ótimo e encorpado vinho tinto Tannat.
Com taxas de criminalidades entre as mais baixas da América, crimes hediondos praticamente inexistentes. Além de ser um dos países mais seguros do continente, também é o mais escolarizado.
Montevidéu, a capital do Uruguai, é uma cidade atraente, localizada à beira do Rio da Prata, com uma população de 1,4 milhão de pessoas. O país todo possui 3,4 milhões de habitantes.
Montevidéu tem um ar de cidade europeia sem estar cheia de gente como Buenos Aires. E, de quebra, tem praias. Sim, as praias de água doce que margeiam o Rio da Prata possuem trechos com areia, onde os montevideanos se bronzeiam nos bairros de Punta Carretas, Pocitos e Buceo.
É nessa região que os cidadãos se exercitam: jogam futebol, caminham e andam de bicicleta pela orla ou pela Rambla, a avenida beira-rio. Esses bairros concentram o maior número de bons restaurantes, shoppings e hotéis.
Montevidéu possui muito espaço para seus habitantes com muitos parques e a orla à disposição. Os principais parques são o Rodó, Vees e del Prado.
O centro antigo da capital abriga o tradicional centro histórico, que em espanhol, é conhecido como Ciudad Vieja.
No centro histórico, a Plaza Independência tem em seu centro a estátua equestre do general Artigas, herói da Independência do Uruguai contra os espanhóis.
O belo Palácio Salvo, construído em 1928, foi o prédio mais alto da América do Sul. Um belo palácio art decó que ainda hoje é motivo de suspiros ao ser admirado da Plaza Independência.
Outras atrações da praça são a Puerta de la Ciudadela, o belo Teatro Solís, o prédio da Presidência da República do Uruguai e o Cassino Victoria Plaza.
Na região do Porto de Montevidéu está o conhecido Mercado do Porto, que é o templo da carne à moda uruguaia. A segunda língua mais falada nos restaurantes do mercado é o português.
Os assadores passam o dia jogando carne na grelha. Aqui, é voracidade máxima para os amantes da parrilla. As principais carnes são o bife ancho, o asado de tira, o vacío, o ojo de bife, a colita de cuadril, o lomo e o entrecoté, além do matambre. Outras partes do animal, mais exóticas, também são apreciadas pelos uruguaios, como o chinchulin, o riñon, as molejas, os chotos, além dos embutidos como morcilla, chorizo e salchicha parrillera.
E tudo isso: uma verdadeira orgia gastronômica, acompanhado de um médio y médio, uma mistura de vinho branco seco com espumante.
Em muitos restaurantes come-se no balcão mesmo. O atendimento não é lá essas coisas, mas é um clássico e se você não for saborear a tradicional parrilla no Mercado, não terá ido a Montevidéu.
E quem disse que no Uruguai não tem Carnaval? O bairro portuário de Palermo é o berço do Candombe, o samba uruguaio com sua raiz africana, que nos meses de janeiro e fevereiro ocupa as ruas do bairro.
Para os que gostam daquele ar boêmio e do clima de tango, o melhor bar, com cara de cabaré é o famoso Bar Fun Fun, na Ciudad Vieja. Com música ao vivo, sempre com shows de tango incríveis regado com um tanguista à la Carlos Gardel, acordeonista e dançarinos profissionais, o Bar Fun Fun é o templo do tango no país.
Aliás, os uruguaios reivindicam a autoria do tango e do nascimento de Carlos Gardel com os argentinos. Esse é um dos muitos motivos da rivalidade entre montevideanos e bonaerenses.
Algumas vinícolas são próximas a Montevidéu, então se tiver um tempo livre na cidade vale agendar um passeio para conhecer as produtoras do delicioso vinho tinto tannat.
Outra cidade que brasileiros amam, é a glamurosa Punta del Este, adorada principalmente pelos seus cassinos liberados no país, pelas baladas que vão noite adentro no verão, restaurantes chiques e marinas, onde ancoram centenas de iates de milionários que vem curtir a Saint-Tropez abaixo do Trópico de Capricórnio.
No verão a população de Punta del Este aumenta consideravelmente, passando de 10 para 400 mil habitantes. É quando o balneário é invadido por uruguaios, brasileiros e argentinos, que abrem suas casas de veraneio ou fixam residência para curtir o sol e as praias uruguaias, de águas geralmente geladas.
As ruas ficam intransitáveis no fim de tarde com um desfile de carrões pelas avenidas, as lojas de grife vendem como nunca, os restaurantes lotam, os cassinos giram dinheiro nas mesas de jogos e máquinas caça-níquéis, já que o jogo é legalizado no país. Depois vem a balada. E assim vai o dolce far niente em Punta del Este.
As duas principais praias de Punta del Este, onde acontece o agito são a Praia Mansa e a Praia Brava. Na Praia Mansa está a principal marina do balneário, onde mais no inverno os leões marinhos andam livremente pela marina quando saem do mar.
Escultura Los Dedos na Praia BravaNa Praia Brava, turistas fazem fila para tirar foto na famosa escultura de Los Dedos, do artista chileno Mário Irrazábal, que está encravada na areia.
Seguindo a oeste está praia La Barra onde o acesso é feito por uma ponte toda ondulada que causa um friozinho na barriga quando se passa em velocidade sobre ela.
As praias ainda seguem por Manantiales e José Ignácio, onde vilarejos charmosos reúnem restaurantes charmosos e hotéis em vilas rurais. Mais para o interior, no vilarejo de Garzón, fica a Bodega Garzón, com vinhos de primeira linha. Para quem quiser ir mais longe, pode seguir para os vilarejos e Cabo Polônio e Punta del Diablo.
Mas Punta del Este também tem seu lado cultural. Fica na vizinha Punta Ballena onde está o belíssimo casarão mediterrâneo, pintado de branco, construído pelo artista plástico Carlos Paez Villaró.
A construção conhecida como Casapueblo, de interessante concepção arquitetônica, fica encravada em um penhasco e fora anteriormente estúdio e casa do artista. Hoje abriga um museu, loja, sala de audiovisuais e café. No fim da tarde vale sentar no terraço do café e ver o por do sol.
Piriapólis, para quem vem de Montevidéu, fica antes de Punta Ballena e Punta del Este. A cidadezinha foi o primeiro balneário do Uruguai, mas perdeu seu charme com a ascensão de Punta. Na outrora movimentada Rambla dos Argentinos está o Argentino Hotel Cassino e Resort, que fica em um prédio muito bonito, mas o hotel já não vive seus melhores dias.
Outra atração de Piriapólis é subir em seus morros, chamados de cerros San Antonio e del Toro para ver a vista do litoral no fim da tarde.
Para quem dispõe de mais tempo, vale uma ida em Colônia do Sacramento, uma vila fundada pela coroa portuguesa que foi parte da Província Cisplatina, passando posteriormente para o Uruguai. Com cara de colonização e arquitetura portuguesa, Colônia do Sacramento fica a duas horas de carros de Montevidéu ou uma hora de barco da capital.
Até é possível fazer um bate e volta, mas sobra pouco tempo para descobrir a charmosa vila. A cidade possui alguns museus, entre eles o Museu Português, diversas pracinhas, fortificações e igrejas. Também é possível ir de Colônia do Sacramento para Buenos Aires, navegando através do Rio da Prata.
O Uruguai é ideal para um feriadão ou uma semana. Pertinho do Brasil, em Montevidéu os preços são um pouco mais acessíveis que em São Paulo, Punta é um destino mais caro, mas pode-se fazer um bate e volta ou passar uma noite, com uma passadinha em Piriapolis na ida. Se o tempo aumentar para uma semana, fica fácil combinar com Colônia do Sacramento. Vá acompanhando nossos post Na Janelinha Para Saber Tudo.