O maior e um dos mais importantes acervos de arte do mundo é o do Musée du Louvre, em Paris. O acervo atual do Louvre abrange vários períodos da história.
O prédio foi, a princípio, uma fortaleza construída em 1190 pelo rei Felipe Augusto II, para proteger a cidade de Paris do ataque dos vikings. Localizado as margens do rio Sena, o Louvre sempre foi um ponto o estratégico na cidade de Paris, muito próximo a Ilê de Citê, coração da cidade.
O rei Carlos V foi o primeiro a fixar residência no Louvre. No século 16, o rei Francisco I, muito ligado a arte, mandou demolir o que existia e erguer um palácio nos moldes dos renascentistas italianos. Fundou também a coleção real, com 12 pinturas vindas da Itália. Francisco também foi responsável pela vinda de Leonado da Vinci de Roma para Paris, então com a idade de 64 anos, no lombo de uma mula, trazendo a Mona Lisa e outras duas obras expostas no museu.
No Pavilhão Sully está a Sala das Caritíades com quatro estátuas gigantescas, criadas em 1550, para sustentar a galeria superior. Construídas no período de Henrique II, é a sala mais antiga do Louvre. O Palais do Louvre já foi um antigo palácio da família real da França e significa lugar fortificado. O principal arquiteto do Louvre foi Pierre Lescot, e a obra é dele.
A conversão do Louvre no maior museu público do mundo aconteceu somente um século depois, sob o reinado de Louis XV, quando o Marquês de Marigny, diretor das Fábricas Reais, tomou a iniciativa de expor as pinturas pertencentes ao rei consentindo seu acesso ao público.
Em 1750, o superintendente do museu d’Angivier, propôs usar a Grande Galeria do Louvre, construída durante o reinado de Henrique IV (1594-1608), para expor as pinturas feitas pelo holandês Peter Paul Rubens sobre a florentina Maria de Medicis, rainha-consorte, além de 110 pinturas e 20 desenhos.
As salas eram abertas duas vezes por semana, sábados e domingos, durante três horas e o povo vinha pelo Jardim das Tulerias. Difundia-se na época uma nova idéia de museus públicos, junto com o Museu Pio Clementino no Vaticano. Em outros dias o museu estava reservado para os artistas. Com a Revolução Francesa, em 1796, e com a cabeça de Louis XVI indo para a guilhotina, o Louvre foi transformado no Musée Central des Arts.
Com Napoleão Bonaparte o Louvre deu outro salto. Leia-se, confisco das obras de arte, praticado pelas armadas napoleônica, em toda Europa. No primeiro andar, esculturas antigas vindas do mundo velho mundo, como os mármores Borghese de Roma, trocadas com seu cunhado por uma vila, e obras-primas como a Vênus de Milo e a Vitória da Samotrácia.
No período napoleônico foi erguido o Arc de Triomphe du Carroussel, para celebrar as vitórias de Napoleão. Um dos períodos mais envolventes do Louvre foi logo quando os nacionalistas ascenderam ao poder em 1932, na Alemanha. Quando o tom belicista de Hitler aumentou, os museólogos do Louvre começaram a despachar as masterpieces para os castelos no interior da França, principalmente no Vale no Loire, para serem escondidos. Em 1940, quando os nazistas invadiram Paris, as salas do Louvre estavam praticamente vazias, apenas com obras inexpressivas. Jacques (Jan) Jaurjad (1895-1967) era o diretor do museu, funcionário púbico do governo Petáin, mas simpático da resistência.
O Louvre possui ainda uma série gravuras e desenhos. São mais de 380 mil itens. E ao lado desse esse complexo, ainda tem o magnífico Jardim das Tulerias.