Uma das melhores, senão a atração máxima da cidade de Amsterdã, é o seu anel de canais, chamado Grachtengordel, cuja construção foi iniciada em em 1600 e eram o destino para moradias dos operários.
Muitos imigrantes fugindo da perseguição religiosa protestante, também se instalava nesses locais pantanosos.
Com a ampliação dos canais e a luta constante dos holandeses por mais terra, os anel passou a ser habitado pela população mais rica de Amsterdã, que por volta de 1660 começou a comprar terras na Curva do Ouro.
Localizada na Herengracht, a Curva do Ouro fica entre a Leidenstraat e a Vijzelstraat, a região despertou o interesse de comerciantes, construtores de navios e políticos que por ali fizeram sua morada.
Do Herengracht próximo ao rio Amstel, o canal possui grandiosas mansões, a maioria abrigando bancos, escritórios, cafeterias e apartamentos luxuosos. somente lembrando que, as ruas localizadas à beira dos canais terminam com a terminologia “gratch”.
Caminhar nesse canal é agradável e muitos fatos históricos e curiosidades aconteceram nessas casas, que outrora abrigaram personagens interessantes da Holanda e do mundo. Observar a arquitetura cheia de beleza das casas à beira dos canais, é deslumbrante.
Na casa número 495 foi reformada para um grande burgo-mestre holandês, pelo artista francês Jean Coulon, em 1739. O prédio número 507 foi saqueado pelo povo no ano de 1696, em retaliação ao aumento de impostos para sepultamento, que o prefeito de Amsterdã, que ali vivia, editou para a cidade.
Na casa número 527 vivia o embaixador russo e no ano de 1715 recebeu a visita do czar Pedro II, que ali se hospedou, após uma bebedeira de ambos na casa de número 317. A casa número 491 tem uma fachada com pergaminhos, brasões e vasos, reformada no século XVIII. A nº 493, do século XVII, tem uma fachada em estilo Luis XV. O nº 497 é o Kattenkabinet, e possui gatinhos na arquitetura da casa.
Na Reguliersgracht, outro canal próximo, sete lindas pontes de pedra cortam o canal, tornando esse um dos locais mais lindos de Amsterdã.
Uma das casas mais interessantes do Reguliersgracht são duas casas e possuem frontões de funil, localizadas nos números 11 e 13, com janelões em madeira, construídas no século XVI, conhecidas como sol e lua.
A asa número 19 abrigou o The Nieuwe Amsterdammer, uma revista semanal bolchevique, que funcionou de 1914 a 1920.
As casas de nº 37 e 39 da Reguliersgracht, inclinam-se sobre a água, pois foi erguida em uma terreno mais lamacento.
O Prinsengracht, outro canal da região imperdível, pois possui muitas casas barcos magníficas, coloridas e charmosas. O canal é um verdadeiro encanto.