Descubra a arte dos povos andinos, no Museu Larco

 

A coleção de arte originária dos povos incas e de outras sociedade que precederam a descoberta da América, estão expostas no Museu Rafael Larco, em Lima.


Peitoral de ouro e turquesa com miniaturas em ouro

 

Com uma coleção maravilhosa, o museu possui painéis explicativos e vitrines com seus artefatos expostos e  bem organizados por períodos.

 

Ornamento de nariz, feito em prata com um indivíduo deificado, da cultura Chimu

São artefatos de cerâmica, vasos, receptáculos para oferendas, têxteis, jóias de ouro e prata, máscaras, moedas, figuras de adoração, artigos religiosos e para cerimoniais de sacrifício, além de múmias muito bem conservadas.

Coleção de ornamentos de nariz, feitos em prata

No Museu Larco você pode visitar, andar e admirar noo depósito, que contém 30.000 peças arqueológicas de cerâmicas, todas catalogadas.

Chapéu, ornamento de nariz, colares e brincos para cerimoniais

A visita pelo museu, que possui várias salas, oferece um  viagem educacional pelas culturas e artefatos do Antigo Peru, Uma das salas trás uma coleção de jóias que os povos pre-colombinos usavam além de ouro e prata, gostavam de pedras como a turquesa, a ametista, a sodalita, o quartzo e lapis lazuli, além de conchas.

Colares de turquesa do Império inca próxima a Colômbia

Para os governantes, sua vestimenta e os adereços por eles usados, era parte da mensagem que queriam transmitir ao povo, eram o símbolo que queriam comunicar quem eram na terra e quem seriam depois de morrerem.

 

Em sentido horário: 1 – coroas de ouro usadas pela elite, 2 – nariz de ouro e turquesa que representa um homem com uma corda, 3 – máscara funerária da cultura moche, 4 – conjunto de coroa e  peitoral de um líder do povo chimú, em ouro, 5 – o auge da cultura chimu, legou adereços gloriosos em ouro, sempre talhados com aves ou felinos, 6 – crânios de guerreiros sacrificados,  7 – máscaras em miniaturas

Peitoral masculino inca

Os itens que os povos peruanos mais usavam eram colares, cintos, pulseiras e anéis de prata, brincos, orelhas de prata Chimu, anéis de nariz da cultura mochica, peitorais, colares de pedra preciosa, emblemas em prata e ouro,  peles, coroas e chapéus funerários.

Ouro e prata se complementam no Peru Antigo

Os antigos peruanos honravam a vidas, mas glorificavam a morte. Essas sociedade praticavam o culto ao mortos. Somente havia dois mundos para esses povos. O abaixo, o mundo dos mortos. E o acima, o mundo dos deuses.

Ornamentos para as orelhas, em forma de felinos, pássaros, cobras e outros animais

Para que os deuses lhe fossem favoráveis, realizavam oferendas, faziam sacrifícios, construíam túmulos e altares para depositar as oferendas e sacrifícios.

Cultura chimú

Nos Impérios do Antigo Peru, a morte de pessoas pertencentes a elite, como imperadores, sacerdotes, sacerdotisas e  curacas, eram eventos de alto prestígio na sociedade. Os ritos funerários eram a passagem para essas elites se tornarem ancestrais.

Prendedor de cabelo em ouro, ornamentado com felinos, cobras e aves, da cultura chavin

Os mochica eram um povo pré-colombiano que praticava o combate ritual e o posterior sacrifício ritual do guerreiro derrotado. Outros povos que praticavam o sacrifício humano eram os astecas nas Guerras Floridas, e os mayas como seus Juegos de Pelota, sempre oferecendo os perdedores em sacrifício.

Vaso cerimonial em cerâmica, para o uso de chicha, espécie de cerveja de milho, usada na cultura inca

É com esses artefatos arqueológicos que o museu é extremamente educativo para compreendermos a História do Antigo Império Inca e as outras sociedade que viveram na região, como os nazca, os mochicas, os paracas, os moches e os wari.

O sacrifício mochica selecionava os jogadores entres os membros mais produtivos da sociedade. Os mochica ofereciam aos seus deus o seu maior bem, em troca do bem-estar esperado dos deuses, para a sociedade.

A múmia Fardo Uari mostra ornamento, têxteis e máscara mortuária que embrulham um corpo de criança

Além das cerimônias de sacrifício humano aos deuses, o antigos povos peruanos também louvavam cerimonialmente a fertilidade, agradeciam aos deuses a chuva que irrigava às colheitas e a vida da comunidade. Tamanho louvor era é possível notar nos vasos de cerâmica da cultura peruana.

Vaso cerimonial ,esculpido como a cabeça de um guerreiro aprisionado, da cultura moche

Mas os vasos podiam ser também de madeira e metais, além da argila. Esses recipientes enchidos com água e chicha, a principal bebida do mundo andino, feita à base de fermentação de milho. Também podiam ser para oferendas com sangue humano ou de animais.

Tambor da cultura nazca que representa um xamã.

Os guerreiros do Antigo Peru costumavam guerrear com seus adereços em ouro e prata e vestidos ricamente, como se fossem a guerra com o intuito do sacrifício humano dos seus oponentes.

As vestimentas peruanas já eram riquíssimas naquela época seu algodão.

Cerâmica cerimonial

Fibras de lã de alpacas e vicuñas também já eram usadas pelos povos incas. Dominavam as técnicas de fiação, tingimento, tecelagem e bordados em suas confecções.

Vaso cerimonial com duas cabeças de cobras

Com a chegada de Pizarro e suas tropas colonizadores espanholas, acompanhados da Igreja Católica, iniciou-se no Peru, um período de remoção dos objetos de idolatria ditos pagãos, como meio de acabar com o culto dos indígenas.

Virgem da Candelária, século 18 – Escola Cusqueña

Catolizados, artistas da região dos Andes criaram uma releitura da cultura da Espanha, misturando detalhes das civilizações que ali viviam, antes da conquista. Assim, nasceu a Escola Cusqueña, com desenhos da Virgem, santos e arcanjos católicos.

Argel Arcabucero, século 18 – Escola Cusqueña

O Museu Larco é lindo e considerado o número 1 do país. Não deixe de visitá-lo quando estiver em Lima. Conheça algumas de suas peças no Google Art Project.
Na saída do museu tem uma uma tienda boutique com lindos e sofisticados artefatos peruanos, mas os preços são proibitivos., apesar dos artigos serem muito lindos.

   

Museu Rafael Larco

Entradas: 30 soles / idosos 25 soles / estudantes 15 soles

De segunda à domingo, das 9 às 6 horas

Avenida Bolívar, 1515 – Pueblo Libre – Lima