Não é de hoje que Bruges é um importante destino turístico. A encantadora cidade belga é conhecida como “Veneza do Norte”, pela grande quantidade de canais que cercam a cidade e seu centro histórico a cidade é Patrimônio Mundial da UNESCO.
Bruges foi um local de colonização costeira durante a pré-história e suas primeiras fortificações foram construídas por Júlio César no século 1 a.C., para proteger a área costeira contra os piratas.
Os primeiros registros sobre o nome “Bruges” apareceram por volta do ano 840 e, provavelmente, deriva do holandês antigo “brugga”, que significa ponte. E, por conta de seus inúmeros canais, o que não faltam em Bruges são pontes.
Bruges foi um importante entreposto comercial nos séculos seguinte e ficou adormecida por 400 anos quando entrou em declínio, Mas desde 1965, a cidade medieval experimentou um verdadeiro renascimento.
Restaurações de estruturas residenciais e comerciais, monumentos históricos e igrejas geraram um aumento no turismo e na atividade econômica no centro antigo.
O turismo internacional cresceu, após Bruges entrar na lista da UNESCO, em 2000. Novos esforços resultaram em Bruges ser designada “Capital Europeia da Cultura” em 2002.
A exuberância de seu centro histórico medieval incrivelmente bem preservado atrai visitantes estrangeiros desde o início do século XIX. Ou seja, bem antes da indústria do turismo como nós conhecemos hoje em dia.
Situada no noroeste da Bélgica, próximo à fronteira com a Holanda, Bruges conseguiu sobreviver praticamente intacta aos ataques alemães durante as duas guerras mundiais.
Bruges conseguiu sobreviver praticamente intacta aos ataques alemães durante as duas guerras mundiais.
Bruges é uma cidade para admirar sem pressa. Para caminhar pelas ruas e curtir a beleza dos canais, construções medievais e monumentos.
É respirar a história. Bruges é daquelas cidades de conto de fadas, onde a todo minuto você se depara com algo surpreendentemente encantador.
A maioria dos brasileiros que visita Bruges vem de Paris para passar o dia em uma bate-e-volta, a partir de Bruxelas, Gant ou mesmo de Paris.
Ir por conta própria pode ser mais barato e menos cansativo, já que os trechos entre Paris e Bruxelas são feitos em trem de alta velocidade. Essa é a segunda vez que vou a Bruges.
Quanto ficar:
A primeira vez em 2016 fui com meu marido e fizemos um bate-e-volta desde Bruxelas. gostei tanto que resolvi voltar com minha irmã, mas dessa vez com um pernoite para apreciar melhor a cidade, vindas da Antuérpia, Gant e no dia seguinte indo para Bruxelas. Vá por mi, fique 24 horas em Bruges.
Como chegar:
Chegue pela estação central de trens de Bruges, uma ótima maneira e sem stress para vir de outras cidades belgas, como Bruxelas ou Gante. Para vir da Antuérpia é necessário trocar de trem em Gante.
A estação fica a uma caminhada de 15 minutos do centro histórico e aa companhia ferroviária nacional é a Belgian Train, a SNBC.
A passagem de trem (um trecho) de Bruxelas até Bruges custa ¢ 15,30 e Gant x Bruges custa ¢ 6,80. Aos finais de semana a companhia costuma fazer promoções.
Como se locomover:
Bruges é aquela cidade medieval que dispensa transporte e você pode fazer tudo à pé. Diferentemente de outras cidades da Bélgica, como Gante, a cidade não possui sistema de bondes ou tram. A estação ferroviária fica uns 15, 20 minutos do centro e por lá saem ônibus para regiões mais distantes da cidade.
Mas as opções mais para os turistas são os passeios de barcos pelos canais da cidade, uma ótima maneira de conhecer Bruges por outra perspectiva. O passeio de barco pelos canais de Bruges dura apenas meia hora, mas é o suficiente para que o passageiro tenha uma boa ideia da história local e, claro, consiga tirar fotografias maravilhosas da cidade, que é conhecida como a Veneza do Norte.
O tíquete custa €8 (adultos), €4 (crianças de 4 a 11 anos) e só pode ser pago em dinheiro vivo. Ah, os passeios de barco continuam acontecendo no inverno, entretanto estão sujeitos ao cancelamento devido ao mau tempo. O embarque acontece próximo à igreja de Nossa Senhora (Onze-Lieve-Vrouwekerk), na esquina da Nieuwstraat e Dijver.
Já os passeios de charrete são bem salgados, custando ¢ 60,00 euros pela charrete em que vão até 5 pessoas. O pagamento é feito em dinheiro para o condutor.
Onde comer:
O que não faltam em Bruges são cafés, restaurantes, bares, casas de chás, quiosques que vendem batata frita ou waffle.
Os restaurantes mais pega-turistas estão na Grote Markt, caros e sem muita criatividade.
Ruas mais afastadas da Grote Markt costumam oferecer refeições mais em conta, que começa numa faixa de ¢ 25.
Os restaurantes da praça Walplein oferecem refeições mais em conta.
As feiras de frutas verduras e comidinhas acontecem Grote Markt, na manhãs de quarta e na Zand, nas manhãs de sábados.
Existem quiosques e tendas de comidas variadas, como massas com molhos diversos e comida belga e vietnamita
Você pode combinar e pedir algumas gramas do que mais gostar.
Algumas tendas já vendem a porção pronta, como a vietnamita, por 5¢.
A comida é aquecida e os turistas costumam comer em pé, por ali mesmo.
Barracas de queijos da região de Flandres são outra atração da feira.
Nada como se deliciar com os waffles de Bruges, que lá se chamam gauffres. O mais famoso é o Chez Albert, na Breidelstraat 16, no centro histórico e a Cremérie, que é um quiosque que fica na Grote Markt.
O que comprar:
Vários países disputam o título de país do chocolate, isso sem plantar um único pé de cacau. Suiça, Alemanha, Bélgica, Itália.
A ligação do chocolate com a Bélgica não é nada recente. A história começa em 1635 quando o país era um território ocupado pelos espanhóis.
Estes apresentaram o cacau à Europa, quando dominavam a região da Mesoamérica, precursora do cultivo do cacau. Mas não é só de chocolate que os belgas são craques.
A Bélgica é o país do chocolate, doces, prailines , marzipãs, trufas e toda sorte de delicias.
O cuberdon são doces feitos de açúcar, goma arábica, gelatina e sabor de framboesa e são extremamente doces, muito populares em Gante e também em Bruges, mas os chocolates são melhores.
Prailines são vendidos em caixas e são fáceis de trazer na mala.
São um belo presente para aquela pessoa que ficou no Brasil.
São dezenas de chocolatiers em Bruges, dos mais famosos a marcas da própria cidade.
Se não tiver problemas com peso de mala, nada como comprar uma ótima cerveja trapista de lembrança.
A Bélgica é a terra das cervejas trapistas e se quiser saber mais sobre cervejas, leia esse post aqui.
Em qualquer mercado da cidade você encontra os mais variados ales e preços
As taças de cerveja belgas são aqueles itens lindos de coleção, que vale a pena ter no seu jogo de copos.
Mercados grandes ficam geralmente no subúrbio, mas o Louis Delhaize fica na Oude Burg 22, no centro histórico.
Lembranças criativas são as que remetem também ao pintor belga René Magrite, são caixas de bombons, carteiras, agendas, imás, etc…
E claro que não pode faltar nas suas comprinhas aqueles bonecos o mais famoso quadrinho do personagem belga Tin Tin e seus colegas, do desenhista Hergé.
Os Smurf são outros personagens belgas amados no mundo todo. Os bonecos são caros, 39 ¢. Ja um chaveiro do Tin Tin custa, no mínimo, ¢ 12.
Os produtos estão à venda no Tin Tin Shop Brugge, na Wollestraat 53 – Brugge, Bélgica