As impressionantes salas do Louvre

O Louvre foi feito para impressionar. Tudo aqui tem uma escala gigantesca, feita para deixar à todos que aqui entram, assombrados.
 No passado, o Louvre foi o maior palácio do mundo. Hoje é o maior museu de arte do mundo, um acervo com cerca de 450 mil obras de arte disponíveis, entre as quais, umas 35 mil estão expostas em 800 metros de corredores ao longo do rio Sena.
Sua extensa coleção começou na residência oficial do rei Francisco I, com algumas obras adquiridas na Itália e foi tomando fôlego com os rei e rainhas seguintes. Após a Revolução, foi imediatamente transformado em museu, e seu acervo foi aumentado significativamente durante o período napoleônico.

 

Hoje, a coleção do Louvre se divide em oito departamentos:
– Departamento de antiguidades islâmicas,
– Departamento de antiguidades egípcias,
– Departamento de antiguidades gregas, etruscas e romanas,
– Departamento de antiguidades do Oriente Próximo,
– Departamento de antiguidades de Arte Decorativa,
– Departamento de Pintura Europeia,
– Departamento de Esculturas Europeias,
– Departamento de desenhos e gravuras.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Vou dar uma pincelada nas coleções por alas. Nas fotos dessa matéria estão apenas detalhes dos jardins internos, fachadas, corredores e tetos do museu. As obras virão nos próximos posts sobre as coleções.

São três as alas do museu: ala Denon, que se estende ao longo do rio Sena, a ala Sully, que é a central, no Cour Carée,  e a ala Richelieu, que estende-se ao longo da  Rue du Rivoli.

Cada ala possui quatro pisos: o Rez-de-Chaussée, no térreo, o 1er étage (1º andar) e o 2  2e étage (2º andar)
– 1 (mezanino) entresol
 
Nem todos os andares possuem coleções. Então, caminhe sempre com um mapinha de localização dos andares, salas e exposições em mãos, que deve ser retirado na entrada do museu, abaixo da pirâmide de vidro, no chamado Hall Napoléon, em português e outras línguas.
Ala Denon
A ala Denon, possui as salas de Artes do Islã (piso – 1, entresol). Veja o Retrato de uma Jovem, exemplar da Dinastia Ptolemaica, uma dinastia macedônica que dominou o Egito de 305 a 30 a.C. com a influência dos romanos, que começaram a pintar seus retratos, é uma das atrações desse departamento.
Esse piso possui uma fabulosa sala de esculturas da Europa do Norte, Espanha e Itália, exemplares dos séculos 11 a 16. Entre os destaques estão estátuas flamengas e alemãs, os destaques dentre elas são A Virgem da Anunciação, de Tilaman Riemenscheneider, do final do século 15, e uma estátua de Maria Madalena, nua. Outra obra é Mercúrio e Psiquê, do ano de 1593, de Adrian de Vries, feita para a corte de Praga. Mas a obra prima são os os oito pranteadores encapuzados feitos para o túmulo de um alto funcionário em Borgonha.
Continuando a caminhada pela ala Denon (piso 0, Rez-de-Chaussée),  as coleções de artes dos continentes da África, Ásia, Oceania e Américas trazem esculturas, totens, artefatos religiosos, máscaras mortuárias, estátuas da Ilha da Páscoa e tribos norte-americanas, etc…
Dos século 17 ao 19, veja as belas belas esculturas italianas de Michelangelo Buonaroti, como Os Cativos, conhecidos como Escravos Morimbudos, que estão na sala 4 desse andar. Aqui também estão expostas obras de escultores renascentistas,  barrocos e neoclássicos italianos, como Donatello, Duccio, Canova e Cellini.
Seguindo em direção leste, estão as salas dedicadas às antiguidades etruscas e romanas, vindo na sequência arte grega. No final da ala Denon inicia o departamento de Antiguidades Egípcias.
O primeiro andar é o mais interessante da ala Denon. Primeiro, suba pelas escadas principais e verá a fabulosa escultura helenística grega do fim do século III a.C. a Vitória Alada da Samotrácia, bem no topo da escadaria, considerada uma das três grandes damas do Louvre.
No primeiro andar ficam as cereja do bolo, as pinturas pré-renascentistas, renascentistas e barrocas da Itália. Também estão neste andar estão as pinturas de grande porte francesas, as pinturas espanholas e uma sala de pinturas inglesas e americanas. Não que alguém  ligue muito, porque o que se presencia é uma corrida desenfreada para a sala onde fica a Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, a sala 6.
Nas salas italianas as obras são belíssimas, e acho ótimo todos correrem para a Mona Lisa. Pintores como Cimbaue, Giotto de Bondone, Fra Bartolomeo, Fra Fellipo Lippi, Jacopo Bellini, Piero della FrancescaPinturrichio, Pietro Perugino, Domenico Ghirlandaio, Giovanni Bellini, Fra Bartolomeo, Antonello de Messina, Andrea Mantegna, Sandro Boticelli, Paolo Ucello, Raphaello Sanzio, Andrea de Sarto, Sebastiano de Piombo, Fra Bartolomeo, Rosso Fiorentino, Tintoretto, Paolo Veronese, Tiziano, Caravaggio, Lorenzo Lotto, Bronzino, Vittore Carpaccio, Giuseppe Arcimboldo, Guercino, Guido Reni, Danielle da Volterra, Corregio e Giambatista Tiepolo, trazem o melhor da Itália fora do país.
São muitos tesouros em um só lugar. Leonardo possui mais quatro pinturas no Louvre, além da Mona Lisa. A sala espanhola possui muitos retratos de pintores incríveis dessa conceituada escola, como Diego de Velazquez. Goya y Lucientes, El Greco, Zurbarán e Murillo.
Na coleção da arte francesa, a sala das telas de grande porte, tem como destaques as pinturas de Eugenè Delacroix, Jean Louis David, Théodore Géricault e Charles LeBrun.
Ala Sully
O 2e étage (2º piso) da Sully é dedicada a Pintura Francesa de pequeno e médio porte. Entre as obras dos séculos 14, 15, 17, 18 e 19,  as mais interessantes desta ala e deste piso estão na sala 24. São as do mestre barroco George de La Tour,  O Trapaceiro e na sala 60, as de Ingrés, O Banho Turco e A Odalisca.
No 1er étage, também estão expostos os objetos de bronze, objetos preciosos, em terracota, cerâmicas gregas e artefatos egípcios. O mais interessante é a estátua de terracota O Escriba Sentado. Do outro lado estão as salas decoradas de Luis XIV  até a Regência, e do período Neoclássico. No piso térreo (Rez-de-Chaussée), continua a exposição das esculturas gregas, com a célebre Vênus de Milo,o melhor desse piso. e denominada como “terceira dama do Louvre”.
Na sequência, iniciam-se os artefatos do Departamento de Antiguidades do Egito (na sala 14 estão os sarcófagos).
Completam a ala Sully os mesopotâmios e os babilônios, onde a principal obra é o bloco negro de basalto contendo o famoso Código do Rei Hamurábi, de cerca de 1700 a.C., é um dos mais antigos documentos legais do mundo.
O povo assírio era amante da guerra e está representado por seus touros alados, uma reconstrução de parte do palácio de Sargão II.
No 2º étage da ala Richelieu, retorna a pintura francesa, onde se destaca o Retrato de Gabrielle d’Estrées e sua irmã, da Escola de Fonteinebleau, na sala 10.
No mesmo andar estão as pinturas do Norte da Europa. Destacam-se da Alemanha, as obras do séculos 14 à 17, de artistas como Hans Holbein e Albrecht Durer. Das obras flamengas, o pintor Jan van Eyck com seu Chanceler de Borgonha ajoelhado rezando diante da Virgem e do Menino.
 
Peter Paul Ruben, Anthon van Dick, representantes  flamengos do século 17 e a Holanda do século 17, de Veermer, com seu A Rendeira e Rembrandt, com Discípulos de Emaús e Betsabé, Jacob Jordaens e Frans Hals.  O grande Hieronymus Bosch com seu a Nau dos Insensatos, uma sátira da futilidade da existência humana (século 15).
O 1º piso (1er étage), da ala Richelieu é dedicado as artes decorativas. Aqui ficam as antigas salas da Monarquia de Julho, a Restauração, os Apartamentos de Napoleão III, as Salas do Século 19, as da Idade Média, do Renascimento e do Século 17. Elas juntam-se com a ala Sully, no mesmo piso.
No piso térreo ou Rez-de-Chaussée da ala Richelieu, possui a continuação da área Mesopotâmica e também a continuação das esculturas francesas, dos séculos 5 ao 19.
E no – 1, Richelieu estão os Cavalos de Marly.
Muita coisa, não?
Realmente são necessários uns três dias para percorrer com muita calma, todas as três alas do Louvre.
Então, é possível sim, ter uma ótima visão em um dia de visita ao Louvre, esse incrível museu que agrega parte de toda a História da Humanidade, sinônimo de conhecimento e grandeza. Basta um pouquinho de planejamento e muita paciência. Nos próximos posts vou me aprofundar um pouco mais em cada departamento do museu e sua coleção.  Então, não perca.
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