Galleria Uffizi e a Síndrome de Stendhal

A belíssima, incrível e maravilhosa Galleria degli Uffizi (elogios triplos são poucos) é o maior museu da Itália e abriga algumas das mais conhecidas e reproduzidas obras primas da civilização. A Uffizi tem o mais renomado acervo de arte renascentista do planeta e é um passeio onde simplesmente se perde o fôlego diante de tanta beleza, vendo tantos tantos mestres reunidos. É o retrato vivo de uma civilização e do que existe de mais belo em História da Arte.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Construída entre os anos de 1560 e 1580 por Giorgio Vasari, para abrigar os uffizi (ou escritórios ) do Duque Cósimo I de Medici , foram usadas estruturas de ferro em sua arquitetura e grandes janelas para manter a iluminação natural.

O acervo da Uffizi abriga seis séculos de patrimônio artístico da Itália.. Aqui estão presentes obras de mestres como Michelangelo, Leonardo da Vinci, Boticellli, Raphael, Giotto, Lotto, Piero della Francesca, Filippin Lippi, Fra Bartolomeo, Tiziano, Caravaggio, Perugino, Tintoretto e Veronese, além de algumas obras de pintores flamengos.

Seus belíssimos corredores já são uma atração à parte com esculturas do período romano. Tetos belíssimos, pintados durante a Renascença, fazem os visitantes olharem para cima o tempo todo.

Suas amplas janelas oferecem uma outra atração, a linda vista de Florença. Aqui a vista se estende sobre o outro lado do Rio Arno.

Acima, a Ponte Vecchio e o corredor Vasari, que liga a Ufizzi ao Palazzo Pitti, do outro lado do Arno. É beleza demais em um mesmo lugar. Conta a História que Stendhal, escritor e romancista francês teve em 1817, durante sua passagem por Florença, uma enfermidade de origem psicossomática. A enfermidade foi apurada pelos médicos da época e descrita por Stendhal em seu livro Nápoles e Florença: uma viagem de Milão à Reggio. Stendhal descreveu assim seus sintomas”…Absorto na contemplação de tão sublime beleza, atingi o ponto no qual me deparei com sensações celestiais. Tive palpitações. Minha vida parecia estar sendo drenada…”.
Síndrome de Stendhal é uma síndrome por sobredose de beleza, com aceleração do ritmo cardíaco, vertigens e falta de ar, por vezes acompanhadas até de alucinações decorrentes do excesso de exposição da pessoa à obras de arte, sobretudo em espaços fechados.
Exagero? Nenhum eu diria. Só alguém sem a mínima sensibilidade como ser humano para não se emocionar na Uffizi. O seu acervo é um verdadeiro patrimônio da humanidade. Cada vez que me deparo com algo dessa grandiosidade sou acometida pela Síndrome de Stendhal.
Meu conselho, não venha correndo a Galleria Uffizi. Reserve ao menos meio período para vistar suas 45 salas. A galeria fica lotada na primavera e no verão. A melhor época é inverno, mas no outono as filas também são menos extensas. Uma maneira de furar fila é adquirindo o Firenze Card. Veja o post anterior.
A cafeteria da Uffizi possui uma vista maravilhosa. Pena que estava chovendo. Mas conseguimos ver o Duomo Santa Maria del Fiore e o Palazzo Vecchio, que fica grudado.

O ingresso para a Uffizi custa 8 euros e vale cada centavo. Adquirindo o Firenze Card, além de furar a fila, a entrada é gratuita. A galeria abre de terça à domingo, das  8h15 às 18h50. A Galleria Uffizi fica na Piazale degli Uffizi, ao lado da Piazza della Signoria. Para acessar o site da Galleria degli Uffizi, clique aqui.

 

No final da Uffizi uma grande loja oferece de tudo com reproduções de suas obras: posters, livros, caixinhas de enfeite, para pílulas, espelhos, leques, marcadores de livros, mochilas, camisetas, lápis, imãs, e tudo que você sonhar em lembrancinhas.