A Île de la Cité deu origem a Paris quando foi habitada por tribos celtas no ano 3 a.C. A tribo dos Parisii deu nome a cidade. Logo chegaram os galeses, os romanos e, posteriormente, os francos.
A ilha era estrategicamente localizada no Sena, o que tornava mais fácil ser defendida. Para chegar a Île de la Cité, somente atravessando o rio.
A principal atração da Île de la Cité é a Catedral de Notre Dame, o mais belo exemplar medieval na Europa.
O coração de Paris pede um passeio a pé, sem pressa, para conhecer as belezas da Île de la Cité.
Faça um passeio ao jardim ao redor da catedral para apreciar os rendilhados e gárgulas da arquitetura da igreja (em um próximo post abordarei somente a catedral). A catedral fica na Square João XXIII.
Na área atrás da igreja, uma fonte neogótica de 1844 adorna o jardim.
A estátua do rei do Sacro Império Romano Carlos Magno, junto com seus vassalos, possui uma estátua bem ao lado do Marco Zero de Paris em frente a Notre Dame.
Aos domingos a região sempre fica mais cheia. A entrada na catedral é gratuita, basta ficar na fila que se forma em frente ao prédio. Com o Paris Museum Pass pode-se o Tour de Notre Dame, e subir no topo da catedral.
A Cripta Arqueológica, que está sob a Square Jean XXIII, tem 120 metros com ruas e casas do período Gálio-Romano.
É possível encontrar partes de uma muralha contruída para a defesa da Lutécia romana, que remonta o século III a.C. Maquetes da tribo celta dos Parisii, que habitaram o local, estão expostas para esclarecer como era a Île de la Cité, no seus primórdios.
O valor do ingresso é 5 euros ou gratuito mediante a apresentação do Paris Museum Pass.
Um pouco mais adiante fica o Palais de Justice (foto abaixo), um conjunto de prédios com belas torres medievais. No período romano o local foi residência do governador. Em 138, Carlos V transferiu a corte para o bairro do Marais
O local personifica nos dias de hoje o legado napoleônico do sistema judiciário francês.
Acima os belos portões do Palais de Justice. A Sainte Chapelle, uma das mais bonitas igrejas góticas de Paris foi finalizada somente em 1248 por Louis XI, para abrigar o que acreditava-se ser a coroa de espinhos de Cristo e os fragmentos da sua cruz. Após danos durante a Revolução Francesa, a catedral foi restaurada. Devido sua acústica, a igreja é palco de concertos vespertinos de música clássica. Ingressos a ¢ 10,00 e gratuito para estudantes com menos de 26 anos.
Com o Paris Museum Pass a entrada é gratuita.
As pontes da Île de la Cité são belíssimas. Na foto abaixo, a ponte Notre Dame vista da Ponte d’Arcole.
Outro belo prédio da região é esse com a rotonda, a Greffe du Tribunal de Commerce de Paris.
Ao lado fica o Marché aux Fleurs et Oiseaux, um dos maiores mercado de flores de Paris, na Place Louis Lépine.
Mas o mais belo prédio da Île de la Cité é o Conciergerie, que faz parte do Palais de la Justice, onde morou a dinastia que governou a França no Período Medieval, os Capeto.
De 1391 a 1914 o local serviu de prisão. Um dos presos mais ilustres foi François Ravaillac, o assassino de Henrique IV de Bourbon, em 1610. Na Revolução Francesa, a Conciergerie ocupou sua lotação máxima, em torno de 4 mil presos. A mais ilustre foi a rainha Maria Antonieta, que ficou em uma pequena cela até ser executada em 1793.
A assassina do líder revolucionário Marat, Charlotte Corday também acabou seus dias nessa prisão.
O Tour de l’Horloge é do século XIV. A Conciergerie ainda mantém a câmera de tortura do século XI. O ingresso da Conciergerie custa ¢ 8,50 euros.
Outra ponte belíssima que liga a Île de la Cité a Rive Droite (margem direita do Sena), ao bairro Châtelet é a ponte mais antiga de Paris, a Pont Neuf (Ponte Nova). A Pont Neuf, foi imortalizada por escritores e artistas desde sua inauguração, em 1607, por Henrique IV.
Na foto acima, a Pont Neuf vista da Pont au Change.