A Odeonplatz é uma movimentada praça para pedestres, repleta de restaurantes e cafés em seus arredores, conhecida como Praça do Odeon devido à grande sala de espetáculos que se encontrava no local no momento quando foi construída.
Até 1816 o lugar era ocupado por um portão gótico, o Schwabinger Tor. No início do século 19 os reis Maximiliano José I e Luis I decidiram aumentar Munique e mandaram demolir o portão e para construir uma das maiores avenidas da cidade, a Ludwigstrasse.
O local abriga o Felderrnhalle, o hall dos heróis, uma imponente construção com três arcos em homenagem ao exército da Baviera, onde estátuas de bronze representando os generais mais importantes da época também estão expostas no local.
As esculturas de dois leões rosnando, um de cada lado da escada central contam a história que um deles rosna em direção ao Palácio da Monarquia, enquanto o outro o faz na direção da igreja Theatiner.
Essa imponente construção desenhada em 1841 é o ponto mais destacado da praça. Sua arquitetura e suas esculturas lembram a Loggia dei Lanzi, em Florença.
A Odeonsplatz também é uma grande praça no centro de Munique famosa pelo “Putsch da Cervejaria”, um episódio, que ocorreu em 9 de novembro de 1923, que foi uma tentativa mal sucedida de golpe de Estado de Adolf Hitler e do Partido Nazista contra o governo da Baviera.
A ação foi controlada pela polícia bávara, 16 membros do partido nazista foram mortos, sendo Hitler e, vários outros cúmplices, presos. O futuro ditador da Alemanha Nazista permaneceu 9 meses na prisão de Landsberg, escrevendo nesse período seu manifesto político, Mein Kampf.
O episódio ficou assim conhecido porque foi na Cervejaria Burgebräukeller, uma das mais famosas cervejarias de Munique, que Hitler deu um tiro no teto e chamou seus partidários para a iniciar uma revolução.
A imponente construção da Theatinerkirche, uma igreja católica localizada a oeste da Odeonsplatz começou a ser erguida em 1663 e no local encontram-se os restos mortais da família Wittelsbach, entre eles se conservam os túmulos de Maximiliano II e sua esposa Maria da Prússia, governante da Bavária de 1385 a 1918.
A fachada amarela em estilo rococó foi criada por François de Cuvilliés, enquanto o belíssimo interior, todo na cor branca, está repleto de colunas coríntias e elementos em estuque e obras de arte diversas. A igreja está aberta à visitação durante o ano todo, porém a cripta real só pode ser visitada de maio a setembro, de segunda a sexta-feira, das 10h às 13h e das 13h30 às 16h30. Aos sábados, ela fica aberta das 10h às 15h.
Em frente a Odeonplatz fica a entrada do Hofgarten ou o Jardim da Corte, um agradável jardim de estilo italiano construído na fachada norte da Residenz durante o século XVII, que forma um pulmão verde no centro de Munique.
Rodeado de sebes e sob a sombra das tílias, esse belo jardim renascentista está ao redor de uma chamativa construção, o Templo de Diana (Hofgartentemple). Trata-se de um pavilhão desenhado em 1615 do qual saem diferentes caminhos que percorrem o jardim.
A criação do Hofgarten iniciou-se em 1613 ao mesmo tempo em que extensões e novos edifícios foram erguidos pelo Duque Maximilian I. O pavilhão central projetado em 1615 por Heinrich Schön sobrevive.
Seus 8 arcos refletem a divisão do jardim divididos por caminhos diagonais.
O jardim original foi elaborado contendo vias de amoreiras, fontes, arcas e árvores frutíferas. O jardim como um todo foi redesenhado várias vezes de acordo com os gostos do monarca que governava.
Um trabalho de restauração foi realizado após a II Guerra Mundial e reintegraram os caminhos originais e os arranjos de árvore estabelecido em 1776.
O jardim está rodeado por imponentes construções, como a Chancelaria do Estado da Baviera, uma galeria de arte ou o Salão de Banquetes da Residência.
Utilizada como residência oficial pelos monarcas bávaros, entre 1385 e 1918, a Residência de Munique (Residenz München) é o maior palácio urbano da Alemanha e conta com uma história tão complexa quanto sua arquitetura.
Mas falo mais sobre o Residenz em post exclusivo sobre o palácio. Ao lado do Residenz fica o belíssimo Bayerische Staatsoper ou Ópera do Estado Bávaro.
Seguindo na direção leste da praça, a Maximilianstraße é uma grande avenida de Munique com um peculiar estilo arquitetônico que reúne elementos de diferentes épocas, sendo uma das principais avenidas da cidade.
O famoso boulevard batizado Maximiliamstrasse foi uma homenagem ao rei Maximilian II da Baviera e é uma das quatro avenidas reais de Munique, com exclusivíssima zona de compras.
Esse verdadeiro shopping a céu aberto está repleto de renomadas grifes mundiais de roupas, joalherias, galerias de arte, restaurantes e cafés.
A dica é partir a pé da Odeonsplatz em direção ao local; durante o percurso, não deixe de admirar alguns pontos turísticos e a bela arquitetura. Para os interessados em compras, as lojas da rua costumam abrir de segunda a sexta-feira, das 10h às 19h, e aos sábados, das 10h às 18h.
O Fünf Kontinente ou Museu dos Cinco Continentes é um interessante museu etnográfico localizado na Maximilianstraße , é um museu de obras de arte não europeias e objetos de valor cultural.
Erguido entre 1858-1865 a fachada do prédio possui figuras que retratam as virtudes do povo bávaro. Esse é o segundo maior museu do gênero no país, com objetos que pertenciam a diversos governantes da Bavária. O museu abriga cerca de 300 mil objetos dos cinco continentes, com destaque para países como China, Japão e países da América do Sul e África Central e Oriental.
Para saber mais sobre o Museu dos Cinco Continentes clique aqui para acessar o site.
Em frente ao Fünf Kontinente fica o prédio do Governo da Alta Baviera.