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O acervo da pintura francesa do Louvre

Os grandes pintores franceses anteriores ao final do século 19 estão reunidos no Louvre. Eles fizeram parte dos movimentos Barroco, Romântico e Neoclássico.   No movimento Romântico, Eugéne Delacroix foi o principal expoente do movimento. Na Liberdade conduzindo o povo, se autorretratou como o homem da cartola, que empunha a espingarda, embora fosse posterior a Revolução Francesa.

A Liberdade conduzindo o povo

À sua frente, a alegoria da liberdade conhecida como Marianne, brande sua bandeira seguida pelo povo armado. Vário corpos caídos pelo caminho vão retratando a grandeza da A Liberdade Conduzindo o Povo

A Cruzada sobre Constantinopla, de Delacroix


 A pintura acima intitula-se A Cruzada sobre Constantinopla e recorre ao tema sobre o Oriente. Abaixo o quadro de Delacroix O Massacre de Quios retrata um episódio da guerra entre a Turquia e a Grécia, durante a Guerra de Independência da Grécia, onde os turcos abusaram de mulheres, crianças, idosos e cerca de 50 mil pessoas morreram. A pintura é de 1824.

  

O Massacre de Chios
Medeia Furiosa
 A bela Medeia Furiosa, uma bela pintura do fim da vida do pintor, retrata a divindade grega vingando-se de Jason pelo seu abandono, matando seus filhos. Medeia, bem como Marianne fazem parte das belas mulheres de Delacroix. Outra pintura do mestre é Shipwreck of Don Juan, de 1840, na foto abaixo.

Shipwreck of Don Juan

 Jacques-Louis David foi o pintor oficial de Napoleão Bonaparte e dominou durante anos a cena artística francesa, devido sua influência junto ao imperador.

A Coroação de Napoleão

Detalhe de A Coroação de Napoleão

Napoleão e o pintor se admiravam mutuamente, e Jacques-Louis pintou o monumental, no tamanho, A Coroação de Napoleão, onde também desposa Josefina.

Detalhe de A Coroação de Napoleão

Detalhe de A Coroação de Napoleão

 

A Coroação de Napoleão (detalhe: Napoleão se casa com Josefina)

Um belo quadro de  Jacques-Louis David é O Rapto das Sabinas, fato histórico do início da história de Roma, quando Rômulo determinou aos seus conterrâneos que sequestrassem as mulheres da civilização vizinha para povoar Roma.

O Rapto das Sabinas

Na foto abaixo, a beleza da pintura do Rapto das Sabinas na parede do Louvre.

 

Ala Denon, 1º andar

Belos retratos sempre foram a especialidade de Charles LeBrun, um dos pintores que serviram o rei Louis XIV. Abaixo, Madame Rosseau e sua irmã e e, Madamé Louise Elisabeth LeBrun e sua filha.  
Madame Rousseau e sua irmã
Madame Louise DeBrun e sua filha
                          
A Jangada de Medusa, de Théodore Géricault foi exposto no Salon de 1819 e faz referência aos 149 náufragos da jangada de Medusa, abandonados durante 12 dias na costa senegalesa, quando somente 15 sobreviveram. Em tempos de refugiados africanos e sírios atravessando o Mediterrâneo, o quadro foi um precursor da triste realidade atual.

Jangada de Medusa

Anne-Louis Girodet foi um aluno de Jacques-Louis David. Abaixo, o Funeral de Atala.

Funeral de Atala

 

Abaixo a obra L’Ecole d’Apelle, de Jean Broc, de 1800.



Essas obras estão na ala Denon, no primeiro andar, na sala destinada a obras de artistas franceses pintadas em telas de grande porte.

Ala Denon, 1º andar
Outras obras de menor porte estão no 2° andar das alas Richelieu e Sully.

São Sebastião assistido por Irene

Um dos ótimos pintores franceses, do período barroco é George de La Tour. Nascido na região de Lorena, George de La Tour era conhecido pelos seus efeitos de luzes noturnas nas pinturas. Acima, São Sebastião assistido por Irene, de 1634.

 

O Trapaceiro

O quadro O Trapaceiro foi descoberto em 1926 e gerou estudos sobre a obra diurna, não muito comum, de George deLa Tour. O tema do trapaceiro havia sido proposto por Caravaggio, anteriormente. Na pintura, estão reunidas três tentações contra a moral da época: jogo, mulheres e vinho.

Pietá de Avignon

Acima, a Pietá de Avignon de Enguerrand Quarton, de 1444. Abaixo, Reunion dans un cabaret, de Valentin du Boulogne, conhecido como  Le Valentin.

Reunion dans un cabaret

 

François Boucher pintava quadros pictóricos como Diana saindo do banho (foto abaixo). Temas mitológicos, eróticos e galantes, comuns no século 18 e em Versalhes, onde o pintor era um protegido de Madame de Pompadour, da qual era retratista.

Diana saindo do banho

Jean-Auguste Dominiques Ingres foi um pintor francês que transitou do neo-classicismo para  o romantismo. Seu quadro A Grande Odalisca é ícone pop. Ingres era fã confesso de Raphaello Sanzio, e suas mulheres tinham aquela aura renascentista em pleno século 19.

A Grande Odalisca

 

 

Outra pintura francesa muito popular no Louvre é a Gabrielle d’Estrées et une de ses soeurs, da Escola de Fontainebleau. Gabrielle d’Estrées foi a amante do rei Henrique IV da França, o rei de Navarra foi alçado ao trono francês como o primeiro rei Bourbon, convertido ao catolicismo e casado anteriormente com Margarite de Valois (a Rainha Margot). Antes de virar rei e ser convertido, Henrique quase foi trucidado na noite de São Bartolomeu, que era a noite do seu casamento com Margarite de Valois, em plena Notre Dome, por sua sogra, Catarina de Médici e seus cunhados. Posteriormente sua rainha consorte foi Maria de Médici, parente de sua sogra católica.

A pintura acima não possui o nome do autor identicado e é atribuída a Escola de Fontainebleau. Na pintura, A Duquesa de Beaufort Gabrielle é a loira da direita, e Marquesa de Monteceaux, a morena seria sua irmã. Ela estaria grávida do rei e sua irmã apalpa seus mamilos preparando-a para o aleitamento. Atrás, uma costureira tece o enxoval da chegada do bebê e acima, uma pintura mostra uma cortesã com as pernas abertas.

As pinturas francesas estão bem espalhadas nas três alas, o que dificulta um pouco percorrer tudo. Procure no site do Louvre onde elas estão dispostas, caso sejam o foco da sua visita.

 

Segundo piso da ala Sully e Richelieu.
 
Sala 76 do primeiro piso da ala Denon – pinturas de grande porte.